Sobre a oficina: Na diáspora africana, a dança sempre foi um meio de preservar histórias, culturas e espiritualidades, especialmente diante do apagamento forçado pelo colonialismo. Esta oficina valoriza essa tradição ao usar o corpo como um arquivo vivo, onde os movimentos carregam narrativas ancestrais e pessoais, tecendo pontes entre memória, resistência e transformação. Serão abordados os seguintes tópicos: 1. Dança como Arquivo de Memória e Resistência No contexto sul-africano, a dança não é apenas arte, mas um ato político e um testemunho da história. A oficina se inspira no toyi-toyi, dança que emergiu como ferramenta de protesto contra o apartheid, expressando coragem, força coletiva e reivindicação de justiça. O corpo torna-se um território de resistência, onde cada passo ecoa lutas e conquistas. 2. Corporalidade Sagrada e o Poder do Perdão A dança afrodiaspórica carrega a espiritualidade como parte inseparável do movimento, manifestando-se na energia vital e na conexão com o sagrado. Nesta oficina, o Ubuntu – filosofia sul-africana que ensina “eu sou porque nós somos” – se entrelaça com a prática do perdão, possibilitando que o corpo expresse não apenas memórias de dor, mas caminhos de cura e reconciliação. 3. O Corpo como Testemunho e Transformação O corpo é portador de histórias e emoções, um território vivo de experiências e identidade. Através do ritmo próprio e da coletividade, exploramos a dança como uma narrativa pulsante que ressignifica o passado e projeta futuros possíveis. A experiência coletiva reforça a ideia de que a dança não é apenas individual, mas comunitária, conectando histórias pessoais a um movimento maior de transformação. Esta oficina propõe um espaço de experimentação e partilha, onde cada participante poderá dançar sua história, que reverbera entre o passado e o presente e se expressar por meio do corpo como um território de memória, resistência, cura e liberdade. Sobre a ministrante: Ida Mara Freire é Pedagoga é especialista em Dança. Em seu mestrado, pesquisou a interação mãe-criança, durante seu doutorado identificou a dança no corpo de quem não vê, em seus estudos pós-doutorais, na Inglaterra e na África do Sul, dançou a diferença e o perdão. Data: 28/04, das 16h15 às 18h Local: Auditório do Garapuvu, no Centro de Cultura e Eventos do Campus Trindade Importante: a oficina iniciará pontualmente, evite atrasos.
Página oficial da atividade: secarte.ufsc.br/ufscemdanca
Participante
Inscrições de 03/04/2025 a 28/04/2025