O samba de coco é música dos caboclos, povos originários de nossa terra e de negros escravizados. Surgiu na senzala, a partir da quebra do coco, trabalho ritmado, que com o passar do tempo foi ganhando território e adeptos, muito difundido no trabalho de pisar o barro, massapê para a construção das casas. É considerado o primeiro ritmo autêntico do nosso país, fruto da miscigenação da cultura das 3 raças, mas sobretudo, com muita influência da cultura negra e indígena. O samba de coco tem uma relevância cultural e artística, por isso recebeu reconhecimento como patrimônio cultural imaterial brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 2004 e patrimônio cultural imaterial da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura em 2005. As manifestações culturais que acontecem em formato de roda tem esta característica intrínseca. No meio da roda, dois participantes brincam dançando e “pisando” o coco, criando diferentes dinâmicas de interação, em dupla e com toda a roda. Na pisada firme, a roda de coco é um espaço transformador que reflete nos indivíduos. Para nós, educadores da cultura popular, é perceptível a facilidade com que os participantes se integram na roda e começam a participar ativamente. “Pisar o coco” para o coletive Saia do Mar significa muito mais que um simples divertimento, embora não se negue a assumir esta função, e se manifesta na corporeidade, musicalidade, poesia e ludicidade. Pisar no coco é um trabalho que conecta com a natureza dos ancestrais, dos povos originários, valorizando os conhecimentos da tradição oral. Ministrante: Jade Bustos - Jade (Arte-educadora e música): Educadora, Graduada em Licenciatura Letras Espanhol pela Universidade Federal de Santa Catarina (Florianópolis-SC, 2012 –2018). Dentro da Academia teve contato com saberes culturais brasileiros embasados na cultura oral, iniciou a prática de Capoeira Angola (2014) no Grupo Ajagunã de Palmares junto ao Mestre Khorvão, onde atua como Instrutora de Capoeira desde 2018. Entre os anos de 2016 a 2019 participou de oficinas, ensaios e apresentações com diversos grupos da ilha: bloco Cores de Aidê, Africatarina, grupos de Maracatu: Baque do Tempo, Baque Mulher, grupo de percussão Malinké: Ikanagua. Fundadora e integrante do Coletive Saia do Mar (2018), na qual é compositora, percussionista e vocalista. Artesã e luthier, constrói alguns instrumentos (berimbau, atabaque, agbê, alfaia, ganzá, maracás, tamancas). Em maio de 2021 ministrou oficinas de Samba de Coco, pelo projeto Vem pra roda de Samba de Coco, que ganhou o prêmio de Estímulo à Cultura Elisabete Anderle/ 2019. Em novembro de 2021 inicia estudo com Mestre Renato Be-a-Ba, aprendendo a arte de ocar tambores em troncos e estudo de Samba de Roda. Data: 23/09 Horário: 14h30min às 17h Carga horária total da oficina: 2 horas e 30 minutos. Local: Bosque do CFH (Centro de Filosofia e Ciências Humanas) da UFSC, próximo da entrada do Planetário. * A programação está sujeita às condições climáticas. Em caso de chuvas no dia anterior ou no dia da oficina, a atividade será cancelada. Público alvo: Comunidade Externa e Universitária. **Menores de 16 anos devem estar acompanhados pelo responsável. Atividade gratuita e com certificação.
Página oficial da atividade: www.salaverde.ufsc.br
Participante
Inscrições encerradas há 13 dias (23/09/2024)