A 4ª edição do ciclo de eventos Fazendo Cruzos com Antropologias, Artes e Museologias, projeto de extensão vinculado aos projeto de pesquisa, ensino, extensão e difusão Ebó Epistêmico, trará para a roda movimentos de aprofundamento da noção de "racismo científico", refletindo como essa ideia, forjada no contexto moderno-colonial nos séculos VIII e XIX, implicou na construção e representação pública do conhecimento científico no presente. O racismo "dito" científico, era apresentado como grande inovação para a compreensão da diversidade da espécie humana e na busca pelo registro das diferenças entre os modos de existência do povos humanos, trazia concepções determinantes e biologizantes impostas pela representação de um pretenso "sujeito universal" que seria a referência primordial do que é "ser" "humano". Dessa forma, o que é reconhecido como racismo científico foi um paradigma que serviu de explicação escalar para as diferenças socioculturais presentes na humanidade, a partir do ponto de vista único, exclusivo e excludente do homem, branco, europeu, cristão e proprietário. Essa visão de mundo orientou e formulou argumentos políticos, econômicos, religiosos acionadas como justificativa para invasões, exploração e subjugação de diferentes povos, especialmente populações indígenas, africanas, asiáticas, ciganos; e grupos sociais como mulheres, pessoas com deficiências, pessoas trans e outros grupos minorizados.
Página oficial da atividade: eboepistemico.ufsc.br
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Inscrições encerradas há 11 dias (17/04/2024)